Cidades-Estado

Cada cidade é diferente. Suas características (leis, costumes, arquitetura, economia e cultura) variam com o gosto do governante e as necessidades ditadas pela sobrevivência.

Há cidades em que cada cidadão é um soldado treinado contra ataques semanais de gigantes. Em outras, escravos são o dobro da população de pessoas livres. Outros locais nem podem ser chamados de cidades, já que lhes faltam estruturas de pedra e se escondem por trás de cercas vivas de vinhas venenosas.

Apesar de suas características únicas, todas respondem aos imperativos da aridez, organizando-se de uma mesma maneira geral: perto de oásis e fontes de água, além de outros fatores peculiares de cada terreno geográfico.

Reis Feiticeiros

Toda cidade estado da Terra Calcinada é governada por um Rei Feiticeiro (ou Rainha Feiticeira). Ele (ou Ela) podem ser chamados de “Magnatas” e “Vizires”, mas são sempre os ditadores absolutos de seus súditos. Dentre outros nomes, também são conhecidos como Reis Bruxos, ou Rainhas Bruxas.

Tais seres estão no topo da ordem social. Eles vivem em palácios fortificados próximos aos centros das cidades, cheios de oficiais da administração.

Quando uma potestade sente necessidade de sair de seu palácio, ela só o faz bem preparada e protegida com magia e escolta à altura. Se isso não for possível, ela não sairá (a não ser na mais emergencial das circunstâncias): a ira de seus súditos é mortal se a realeza estiver vulnerável. A última coisa que um soberano da Terra Calcinada quer é caminhar desprotegido entre seus súditos.

Quase sem exceções, todo rei da Terra Calcinada é um profanador e psionista poderoso, que alcançou seu status graças ao uso abusivo de suas capacidades. Todos os monarcas guardam os segredos da magia e empregam todas as suas forças de templários para perseguir e executar profanadores não autorizados. Em todas as cidades é possível tomar conhecimento da ânsia de seus soberanos de se infiltrarem na Aliança, pois, uma organização de preservadores são uma séria ameaça ao seu poder estabelecido.

Os governantes das cidades da Terra Calcinada estão entre os psionistas mais poderosos do planeta. Apenas os mais poderosos dos mestres pode rivalizar com a força de um Rei Feiticeiro nos Caminhos da Mente. Os governantes do Mundo Moribundo são desonestos em todos os seus empreendimentos, e o psionismo não é exceção. A maioria dos Reis Feiticeiros possui arsenais psiônicos e mágicos projetados para reforçar suas próprias forças ou para se proteger contra invasões. No mínimo, o típico monarca feiticeiro tem um enorme banco de PPP armazenado por meio de certos receptáculos devocionais. A maioria deles fará uso rotineiro de objetos como o Anel de Proteção Mental ou o Elmo da Telepatia.

Além de suas próprias habilidades potenciais, os Reis Feiticeiros possuem uma comitiva de vários mestres da Mente, poderosos, que juraram servi-los. Alguns desses subalternos foram educados pessoalmente por seu soberano desde a tenra idade, e sua lealdade está acima de qualquer dúvida. Geralmente, os Reis Feiticeiros não permitem que seus seguidores se tornem tão habilidosos quanto eles nos Caminhos da Mente, por medo de algum dia serem superados por algum golpe traiçoeiro.

Os Reis Feiticeiros são capazes de feitos notáveis de destreza mental. É quase impossível se esconder da atenção de um Rei Feiticeiro, ou resistir à sua terrível Vontade.

Todo soberano serve-se de magia para prolongar sua vida; muitos reinam por séculos, alguns a milênios, e um ou outro são conhecidos por terem fundado eles próprios as suas milenares cidades estado.

O rei é praticamente considerado a divindade da cidade. Seus sacerdotes forçam a população a louvá-lo, construindo templos e levando-a a cerimônias pomposas de adoração.

Castas ricas da sociedade muitas vezes consideram o Rei Feiticeiro seu benfeitor. Essa pretensão nunca passa pela cabeça das outras classes sociais.

Mercadores enxergam o Rei Feiticeiro pelo que ele é: uma fonte de poder mágico e político que deve ser apaziguada e atendida se eles quiserem continuar atuando no comércio da cidade.

Se as fileiras de escravos veem o rei como um deus, certamente é uma divindade corrupta e maligna, que os mantém em cativeiro e torna suas vidas miseráveis.

Em troca dessa posição exaltada de autoridade ilimitada, o rei tem o dever de praticar a justiça, resguardar os cidadãos da fome e do crime, e proteger a cidade de ataques externos. Na realidade, tais monarcas passam a maior parte do tempo buscando a manutenção do seu poder e do próprio conforto e segurança. A justiça é arbitrária, e seus agentes são tão corruptos a ponto de frequentemente ignorarem crimes se devidamente subornados.

Todos os Reis Feiticeiros levam a questão da fome à sério. Quando uma cidade passa fome, uma de duas coisas acontece: ou uma revolta terrível irrompe entre o povo, ou a doença e pestilência dominam as ruas. Em todo caso, a população de escravos decresce. Campos de cultivo tornam-se estéreis, faltam reparos em estruturas, e a cidade enfraquece. Assim sendo, a maioria dos Reis Bruxos toma uma ação rápida e decisiva em relação a essa questão: eles simplesmente erguem exércitos e vão para outra cidade, para roubar sua comida e repor a população de escravos.

Pelo fato da guerra ser a resposta típica para os problemas de uma cidade, nunca se ouviu falar de um Rei Feiticeiro que não levasse a sério o risco de ataque externo. Todos os soberanos mantêm exércitos erguidos, eles normalmente possuem grandes projetos defensivos em construção, e já se ouviu falar que a maior parte de suas pesquisas mágicas estão relacionadas com feitiços que destroçam exércitos. Na verdade, a maioria das cidades estado da Terra Calcinada são tão bem protegidas, que é difícil criticar os Reis Bruxos nesse sentido.

Templários

Templários são os clérigos devotados ao Rei Feiticeiro da cidade. Eles recebem magias para executar seu trabalho, em troca de sua devoção. Diferente de verdadeiros sacerdotes que extraem energia mágica dos planos elementais, o templários exploram as forças mágicas de seu Rei Feiticeiro. O templário implora ao seu soberano por suas magias e o Rei Feiticeiro emprega sua própria energia mística para carregar o poder mágico de seu sacerdote. Essa transfusão de energias causa uma tensão natural, tanto para o templário quanto para o Rei Sacerdote, dessa maneira, templários mais jovens têm dificuldade em receber muitas magias, porém, aqueles do alto escalão, como servos pessoais mais próximos do soberano, possuem acesso a mais magias.

Os templários são gananciosos, e dominam a burocracia do rei. Apesar de cada cidade possuir uma estrutura administrativa diferente, cada burocracia está imersa em uma tradição antiga destinada a garantir e manter o poder da organização, e atrelá-la intimamente ao Rei Feiticeiro. As agências templárias constantemente estão cheias de traição entre seus departamentos, e vivem envolvidas em intrigas políticas externas com outras agências da burocracia da cidade.

Essa casta de sacerdotes é temida e odiada pela população comum, afinal, são os agentes da vontade de seu tirano. Frequentemente os templários abusam de sua posição, cumprindo decretos cruéis com indiferença, aceitando subornos e aplicando punições injustas arbitrariamente.

Templários guardam e zelam o segredo da escrita e leitura. Conhecimento é poder, e o método mais eficiente de transmitir o conhecimento é através da escrita. Apenas templários e nobres podem ler e escrever. Um dos deveres mais sagrados dos templários é impedir que essa arte se espalhe para além de suas fileiras, e da nobreza. A maioria dos Reis Feiticeiros decretou que os templários podem executar, ao menor sinal de vista, qualquer pessoa ou criatura que demonstre possuir tal conhecimento.

Templários normalmente são recrutados entre os descendentes de templários, ou entre as pessoas livres. Um membro da nobreza também pode ingressar nas fileiras dos templários, mas a maioria dos aristocratas considera tal posição abaixo de sua dignidade.

Nobreza

Os nobres controlam as fazendas e e a água das cidades. Normalmente cada família nobre possui um membro no conselho parlamentar. Em teoria, esses conselhos serviriam como conselheiros para o soberano, mas na verdade atuam mais como corpos administrativos por onde o Rei Feiticeiro emana seus comandos para a aristocracia.

Não é raro que os interesses dos nobres se oponham aos dos templários ou ao do próprio Rei Feiticeiro. Em algumas ocasiões os conselheiros encontram coragem para dar voz à sua oposição. Quando isso acontece, uma enxurrada de assassinatos políticos é desencadeada. A maioria das pessoas presume que esses assassinatos são conduzidos pelos templários ou pela própria requisição do Rei Feiticeiro.

Apesar de algumas vezes os nobres reunirem coragem de se opor à vontade dos templários ou do rei, isso não quer dizer que eles pensam no melhor para a população em geral. Como casta, eles apenas pretendem preservar seus direitos hereditários em relação às suas terras, e eles formam o maior corpo de proprietários de escravos em qualquer cidade.

Não importa o quanto se oponha ao Rei Feiticeiro: sempre pode-se contar com a nobreza para proteger a cidade (uma invasão tem todo o potencial da nobreza perder seus direitos e propriedades). Assim sendo, toda família possui o direito de manter exércitos de soldados escravos, e os mais jovens da família são os oficiais desses exércitos. Em emergências, o rei sempre pode convocar esses exércitos.

Como é sabido, os nobres muitas vezes voltam seus exércitos uns contra os outros, e até mesmo contra os templários. Mas nunca contra o Rei Feiticeiro: a magia dele é mais do que o suficiente para lidar com tais forças, e qualquer família tola o suficiente para se opor ao soberano dessa maneira, sofre terrivelmente.

Aos nobres é permitida a prática da leitura e escrita, e eles também são extremamente zelosos na proteção desse segredo.

Cidadão Livres

Cidadãos livres são pessoas que não pertencem ao Rei Feiticeiro, nem aos templários ou à nobreza. Em virtude da sua condição de nascimento, eles possuem o direito de residir dentro das muralhas da Cidade Estado, e teoricamente, serem amparados por suas leis. Mas se um cidadão livre não pagar suas dívidas, exibir conhecimentos de leitura/escrita, ou exibir conhecimentos de magia arcana, ou realizar alguma outra atividade proibida, ele será julgado por violar os decretos do rei. Os templários terão o direito de julgá-lo (e certamente o farão) e vendê-lo como escravo. Essa prática é uma fonte de renda extra para muitos templários.

A maior parte do povo livre é composta de artesãos e artífices que mantêm suas lojas dentro da muralhas da cidade. São tributados e assediados pesadamente pelos templários e o rei, e geralmente ficam descontentes e insatisfeitos, mas são muito covardes e intimidados para resistir abertamente aos seus opressores.

Menos comuns dentre as pessoas livres são os clérigos. Se sua devoção permite que vivam em cidades, eles levam suas vidas vendendo serviços mágicos como curandeiros e operando pequenos milagres. Os templários costumam considerar esses sacerdotes com suspeita e animosidade, mas a maioria prefere não molestar um clérigo.

Mercadores

Toda cidade serve de quartel-general para pelo menos meia dúzia de casas mercantis. e muitas vezes essas casas mantêm empórios comerciais dentro das muralhas da cidade. Geralmente esses empórios são localizados num quarteirão específico da cidade, onde alguém pode comprar de quase tudo que a Terra Calcinada tem para oferece, se souber procurar.

Mercadores não são cidadãos, pois a natureza de seu trabalho exige que mantenham contato com uma ampla variedade de sociedades (o que deixa os Reis Feiticeiros desconfiados). Assim sendo, os mercadores recebem uma licença de longo prazo para residir nas cidades e, em troca, precisam doar somas de dinheiro para obras públicas (ou seja, para o Rei Feiticeiro).

Essa é uma das poucas classes que a burocracia tem o cuidado de não molestar. Os templários aprenderam que quando tentam intimidar ou chantagear um mercador, vários produtos dobram o preço ou até mesmo somem do comércio.

Os comerciantes não possuem permissão para escrever, mas podem manter contas. A maioria das casas possuem métodos altamente sofisticados de “manter contas”. Na prática, essas contas formam as linguagens secretas de cada casa, e os mercadores que fazem parte delas, podem ler e escrever tais códigos. Templários ciumentos gastam grande quantidade de energia tentando provar ao rei que a contabilidade é, na verdade, uma forma de leitura e escrita.

Mercadores Élficos

Algumas tribos élficas ganham o sustento como comerciantes. Eles não são tão estabelecidos quanto as casas mercantes, e vendem seus produtos em bazares lotados, localizados às margens do verdadeiro bairro dos mercadores. Os elfos têm fama de contrabandear e vender mercadorias proibidas (inclusive, aquelas pessoas que se preocupam com a garantia da boa procedência de produtos, geralmente não comprar de elfos).

Escravos

Uma pessoa torna-se escrava através de uma dessas três maneiras: ou nasce escrava, ou é capturada em conflitos armados, ou é vendida para a escravidão por ter cometido crimes ou não ter pago suas dívidas.

Um membro de qualquer raça pode se tornar um escravo, mas alguns nobres e mercadores possuem amigos influentes que acabam comprando sua liberdade, caso se vejam nessa situação. É mais raro conjuradores tornarem-se escravos, pois alguns podem escapar com facilidade usando seus poderes: templários prudentes simplesmente executam esses seres quando os capturam.

Há um número impressionante de ex-templários nas fileiras de escravos: os derrotados nas lutas políticas internas geralmente são vendidos como escravos. Esses indivíduos geralmente sofrem abusos e situações de ridículo, e morrem rapidamente nos currais de escravos.

Há várias classes de escravos: gladiadores, artistas, soldados, trabalhadores, e agricultores.

Escravos Gladiadores

Os templários mais ricos e as famílias mais nobres mantêm currais de escravos especialmente treinados para a realização de proezas de luta. Esses escravos são enviados para arenas gladiatórias visando o entretenimento público. Seus proprietários, sentados em camarotes particulares no alto das arenas, apostam grandes somas em cima dessas batalhas. Mais de um nobre foi vendido como escravo por não conseguir pagar suas dívidas quando um gladiador favorito caiu.

Os gladiadores mais destacados são os híbridos: um cruzamento de anões com humanos. Eles mantêm as qualidades físicas de ambas as raças, o que os tornam ótimos lutadores. Apesar de bons gladiadores, os híbridos não formam bons soldados. Além de serem caros de manter, eles são inteligentes o suficiente para perceber quando seus superiores estão cometendo um erro e a partir dali recusar suas ordens tolas.

Escravos Artistas

Na maioria das cidades da Terra Calcinada as artes são apreciadas. mas não tão apreciadas quanto muitos acham que deveria ser. Embora os templários e nobres gostem de estar cercados por criações artísticas, nenhum deles jamais se daria ao trabalho de criar algo do tipo. Portanto, todas as artes são confiadas aos escravos.

Uma das melhores maneiras de um escravo elevar sua posição é desenvolvendo e demonstrando algum tipo de habilidade artística, seja cantando, recitando, pintando, esculpindo e daí por diante. Se ele ou ela tiver talento suficiente, um nobre ou templário irá comprá-lo e tratá-lo com uma vida de luxo. Em troca, o proprietário espera que o escravo produza belas obras que impressionarão seus amigos. É preciso notar que em função do gosto duvidoso de nobres e templários, muitos artistas comprometem sua visão artística para se manter vivos.

Na maioria das cidades é prática comum ensinar secretamente aos escravos valorizados a arte da leitura e escrita, para que possam ler as palavras dos senhores e registrar suas próprias observações para as pessoas próximas ao proprietário. Para os artistas há apenas uma desvantagem nesse privilégio: popularidade é uma coisa inconstante, e a maioria dos artistas cai em desgraça poucos anos depois de seu sucesso.

Quando isso acontece, aqueles que foram ensinados a ler e escrever sofrem um de dois destinos: ou seus donos os executam por saberem ler e escrever, ou são enviados para os fossos de gladiadores como forragem. Não é de admirar que muitos artistas, ao sentirem que sua popularidade começa a diminuir, planejem fugas elaboradas e fujam para o deserto.

Escravos Soldados

Tanto os Reis-Feiticeiros quanto as casas nobres mantêm exércitos permanentes de soldados escravos. A qualidade desses soldados varia muito. Na maioria dos casos, eles são simplesmente escravos corpulentos que foram tirados dos campos, equipados com algum tipo de armamento, depois ensinados a lutar como uma unidade. Para manter estes soldados na linha, os oficiais contam com uma combinação de tratamentos especiais e punições severas.

Os melhores soldados das casas nobres são selecionados ainda crianças, removidos de seus pais e criados por oficiais. Durante suas duras infâncias essas crianças aprendem duas coisas: a ser leais à família nobre e a lutar sem se importar com elas mesmas. Para garantir que os exércitos de sua nobreza não sejam uma ameaça ao seu próprio poder, muitos Reis-Feiticeiros criam exércitos de meio-gigantes. Esta poderosa raça foi criada pelo cruzamento mágico de humanos e gigantes, e sua força pode envergonhar até mesmo um poderoso híbrido.

Para superviosionar essas tropas meio-gigantes, os monarcas contam com oficiais templários escolhidos a dedo, que usam suas habilidades para manter os brutos na linha. Casas nobres nunca usam soldados meio-gigantes, pois não possuem a magia necessária para manter essas tropas sobre controle.

Escravos Trabalhadores

Escravos Agricultores

Magos

Apesar da perseguição que sofrem com os templários e os Reis Feiticeiros, toda cidade tem sua cota de magos. É claro que você não vai encontrar nenhum que admita a prática de suas artes, mas há magos em toda cidade.

Profanadores

Cidades são os piores lugares para profanadores inexperientes sobreviverem. Eles não são apenas caçados pelos agentes do monarca: a maioria do povo, temendo a ira do rei, é ressentido com o que os profanadores fazem com a terra. Por essa razão, a maioria dos preservadores leva uma vida de apreensão constante, associando-se apenas com os elfos, que estão acostumados a infringir a lei com suas mercadorias proibidas.

A Aliança

Os preservadores têm uma vida um pouco mais fácil. Como membros da Aliança, eles possuem uma rede de aliados a quem recorrer quando precisam de apoio. A Aliança ajuda com informações arcanas, avisa sobre agentes templários intrometidos, protege de sondas mágicas e psiônicas, e auxilia a escapar da cidade, caso haja necessidade.

Ingressar na Aliança não é uma tarefa fácil. Até onde se sabe, antes de um preservador adentrar as fileiras da Aliança, um membro da mesa deve propor à toda organização que o referido preservador ingresse nela. Se qualquer um dos membros apresentar um motivo para o pretenso convidado não ser aceito, ele não é chamado. Somente depois de todos os membros votarem e nenhum se opor, o candidato é convidado. Esses convites raramente são negados, pois um preservador sabe muito bem dos benefícios que a Aliança pode oferecer.

Os membros da Aliança estendem sua proteção aos membros de outras cidades. Eles atuam com seus códigos e sinais, mas sabem se comunicar. Eles são bem criteriosos para averiguar se alguém de fato pertence ou não à Aliança, fazendo perguntas e sondando com magia ou psionismo. Mesmo assim, agem sempre discretamente.

Gênero & Raça nas Cidades

Na maioria das cidades da Terra Calcinada, não há distinção entre as posições que um homem e uma mulher podem ocupar. Ambos os gêneros parecem igualmente capazes de exercer a malícia necessária para o alcance e manutenção do poder. Pelo menos dois Reis Feiticeiros são de fato, Rainhas Feiticeiras, e as mulheres sobem e caem tão rápido quanto os homens nas fileiras dos templários. Muitas casas nobres são representadas no conselho do monarca por matriarcados, e o controle das casas mercantis passa sempre para o filho mais velho, seja homem ou mulher. Até mesmo entre os escravos, gênero é irrelevante: mulheres lutam nas arenas e trabalham nas construções de zigurates, sob as piores condições, e artistas, não importa o gênero, são tratados da mesma forma.

Humanos